Universidade Federal do Ceará
Campus de Itapajé – Jardins de Anita

A quadra chuvosa esverdeou a paisagem que rodeia o Campus da Universidade Federal do Ceará em Itapajé e deixou ainda mais bonito o cenário para celebrar o encerramento, na terça-feira (15), do ciclo acadêmico de 18 formandos das graduações tecnológicas em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência de Dados e Segurança da Informação. A solenidade, acompanhada por representantes da Administração Superior da UFC, por servidores docentes e técnico-administrativos, além de familiares e amigos dos concludentes, lembrou que a trajetória e a celebração dos diplomas recebidos são coletivas.

Foi o que compartilhou a itapajeense Marilene Duarte, formada em Segurança da Informação, após uma “jornada desafiadora” que passou pelo enfrentamento de um problema de saúde com longa internação hospitalar. “Sempre teve muita gente me ajudando, me influenciando positivamente para que eu continuasse. É muito emocionante. Então eu acho que esse diploma não é só meu. É também dos meus pais, das pessoas que me apoiaram“, disse a jovem, destacando ainda a felicidade em realizar o sonho da família como primeira filha a concluir um curso superior.

Para além da base familiar, os laços formados entre os estudantes na Universidade acabam provando que tudo fica um pouco mais leve com “uma pequena ajuda dos amigos”, como diz a canção. Os concludentes Luan Sales Barroso, Lívia Brandão e Eryka Carvalho da Silva são exemplos disso. Depois de três anos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, foi com humor que Luan, natural de Uruburetama e morador de Tururu, celebrou o fim da jornada, compartilhada com as amigas. “Não sei se é relevante, mas consegui passar em todas as disciplinas sem reprovação. Passei por algumas AFs? Passei, mas não reprovei. Então, tudo bem!”, concluiu.

A convivência com amigos de outras cidades tornou o ciclo acadêmico de Lívia Brandão, diplomada em Segurança da Informação, mais valioso. “Pra mim, foi muito especial viver essa experiência de conhecer pessoas novas, com histórias e sonhos diferentes. É algo que vou sentir falta, dessas amizades que foram construídas ao longo desses três anos, que passaram muito rápido, mas que vou com certeza levar pro resto da vida”, confessou a jovem de Itapajé.

Além do amigo morador de Tururu, Lívia referia-se a Eryka Carvalho da Silva, formada em Ciência de Dados e natural de Brasília, de onde veio para, no Campus de Itapajé, se desenvolver na área que tanto gosta. “Foi uma experiência muito engrandecedora, de conexão com as pessoas e com os projetos que a Universidade promove e que eu tive o prazer de estar e fazer parte”, conta a brasiliense que retorna à capital federal com uma bagagem que acumula experiências na iniciação científica e a expectativa em cursar, em sua terra, um curso de pós-graduação.

O tom de companheirismo também marcou o discurso do orador discente da noite. Matheus Feitosa de Oliveira Rabelo, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e agora já mestrando em Ciências da Computação, em Fortaleza. Destacando a disciplina, colaboração e persistência do caminho trilhado pelos jovens nos últimos três anos no Campus de Itapajé, Matheus também lembrou de atividades extra-muros: “idas ao açude para comemorar aprovação nas disciplinas, noites de cachorro-quente, jogos de Uno e dominó”, exemplos de momentos que serviram para unir e valorizar a presença uns dos outros.

As lembranças deram espaço, na fala do graduado, para o vislumbramento do futuro a partir da confiança como “legado que devemos honrar”. O hoje mestrando destacou, então, o papel essencial que os formandos têm na transformação da sociedade. “No mundo digital em que vivemos, onde a informação circula rapidamente e a segurança se torna cada vez mais crucial, entendemos a responsabilidade que temos em mãos. Nossos conhecimentos não são apenas sobre algoritmos e códigos, eles são ferramentas com o poder de proteger dados, criar soluções inteligentes e transformar a cultura“, reiterou.

Para o diretor do Campus de Itapajé, professor João Henrique Gonçalves Medeiros Corrêa, a colação de grau representou não apenas um rito de passagem, mas “um daqueles raros momentos em que o tempo parece parar só para deixar a emoção acontecer”. Orador docente da cerimônia, João Henrique apontou o impacto da passagem dos estudantes na vida dos professores. “Vocês cresceram e nós percebemos isso em vocês, e não se enganem, nós professores crescemos com vocês também, porque ensinar não é uma via de mão única. Cada pergunta feita em sala, cada debate acalorado, cada trabalho que nos surpreendeu, tudo isso nos lembra porque escolhemos essa profissão. Vocês nos desafiaram, nos fizeram pensar e repensar, consolidando os conceitos. Por tudo isso, obrigado!”, discursou.

Em perspectiva, o diretor do campus fez um lembrete aos jovens, reforçando o sentimento de coletividade da ocasião. “A UFC é feita de pessoas e de sonhos e agora vocês levam consigo esse sonho coletivo. Onde estiverem, lembrem que o diploma de hoje carrega uma história social. Ela é de vocês, mas também de quem nunca pôde chegar até aqui. Então honrem isso com ética, humanidade e coragem”, recomendou o docente.

Presidindo toda a solenidade, o reitor Custódio Almeida encerrou os discursos da noite destacando que os graduados carregam hoje, após uma trajetória de “desafios e incertezas”, os princípios, valores éticos e a missão social da UFC.

Para o dirigente máximo da Universidade, “temos orgulho de formar cidadãs e cidadãos comprometidos com a ciência, com o desenvolvimento da sociedade e do país, com a justiça social e com a defesa da natureza e da vida”. E continuou: “agora, vitoriosos, estão aptos a receber um diploma que representa muito mais que o conhecimento acadêmico. Nele está impresso esforço, dedicação, competência técnica, habilidades laborais, oportunidades, transformação”, disse o professor Custódio Almeida, reforçando que a “UFC sempre será a casa de vocês e ela precisa da defesa de todos nós”.

O ciclo de colações de grau do período 2024.2 ainda terá solenidades nos campi de Russas, no dia 28, e de Quixadá, no dia 29 de abril.

Fonte: Secretaria de Comunicação e Marketing (UFC Informa) – e-mail: ufcinforma@ufc.br