CEPE/UFC aprova retorno das atividades acadêmicas para 1º de julho e novo calendário letivo com início em 15 de julho
Data da publicação: 3 de julho de 2024 Categoria: Discentes, GestãoConsiderando o fim da greve de servidores docentes e técnicos-administrativo em educação (TAEs), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universitário da Universidade Federal do Ceará (CEPE/UFC) votou, em reunião extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira, 28 de junho, pelo retorno a partir do dia 1º de julho de todas as atividades acadêmicas preparatórias para a retomada do calendário universitário, e pelo retorno das aulas a partir do dia 15 de julho, quando passarão a ser contabilizados os 61 dias letivos restantes para o encerramento do semestre de 2024.1.
Apresentada por representantes estudantis a partir de proposta aprovada pelo seu Conselho das Entidades de Base (CEB), que reúne centros e diretórios acadêmicos, a proposta foi aprovada por diferença de um voto, no lugar da resolução apresentada pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), que estabelecia o dia 8 de julho como data de retorno das atividades letivas.
Segundo o novo calendário, o último dia de aula do semestre 2024.2 ocorre em 07 de março de 2025, após dois recessos (férias entre 3 e 20 de outubro e festividades entre 21 de dezembro e 5 de janeiro de 2025). De acordo com esse cronograma, tanto os três últimos dias letivos quanto as avaliações finais do semestre de 2024.2 irão acontecer após o Carnaval. Já as aulas do semestre 2025.1 têm início em 2 de abril.
Segundo representantes do movimento estudantil que integram o CEPE e expuseram o processo de construção da proposta para o calendário em suas falas, a principal motivação para a escolha do dia 15 de julho como primeiro dia de retomada das aulas foi garantir as melhores condições possíveis para a permanência dos estudantes em seus cursos e evitar a evasão na universidade.
Isso inclui mais tempo para que estudantes do Interior que são alunos em Fortaleza, por exemplo, possam tomar as medidas necessárias para voltar a residir na Capital; estudantes que são pais ou mães possam assegurar vagas em creches para seus filhos; estudantes que precisaram procurar emprego durante o período da greve possam negociar flexibilização em suas escalas e horários nos seus trabalhos, ou desistir das vagas com algum planejamento, entre outras situações de vulnerabilidade que atingem grande parcela do corpo discente.
O calendário letivo dos cursos de graduação à distância da UFC ofertados no âmbito do Programa Universidade Aberta do Brasil permanece inalterado em observância ao Ofício Circular nº 11/2024-CAPC/CGAPC/DED/CAPES.
Já os cursos de graduação que necessitem de ajustes em semestres específicos para o cumprimento de atividades de componentes curriculares ligados às práticas clínicas da área da saúde poderão realizar adequações no calendário acadêmico, desde que aprovadas no âmbito do Curso de Graduação, na Unidade Acadêmica e na Pró-Reitoria de Graduação.
PLANO DE RETORNO – A reunião foi marcada pelo diálogo entre as entidades representantes das três categorias – docentes, TAEs e estudantes –, bem como por propostas devidamente amadurecidas e pela postura democrática que retorna à UFC. Dias antes da votação, representantes estudantis solicitaram uma reunião com a Prograd, tendo sido rapidamente atendidos, para que pudessem apresentar sua proposta.
“Pela primeira vez vemos uma mobilização tão grande em torno do ajuste de calendário por conta de uma greve. O conselho começa hoje da melhor forma possível”, ressaltou o reitor Custódio Almeida.
Presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC-Sindicato), Irenísia Oliveira ressaltou a forte mobilização de professores e TAEs, apoiados pelos estudantes, além dos avanços obtidos e da importância da greve enquanto instrumento para luta por uma universidade melhor. “Os prejuízos ao calendário e aos servidores e alunos não são culpa da greve. É preciso produzir crise para possibilitar mudança”, reforçou.
Além da proposta para o calendário letivo, a representação estudantil também trouxe um plano de retorno com medidas que considera necessárias à permanência de estudantes em seus cursos e para reduzir os impactos da greve nas atividades acadêmicas – a exemplo de extensão de prazos para trancamento e cancelamento de disciplinas, flexibilização de critérios para bolsas, e uma busca ativa da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE) por estudantes em situação de vulnerabilidade social.
O CEPE aprovou todas as demandas, à exceção daquelas em contradição com a legislação, resoluções e outras normas administrativas da universidade.
Fonte: CEPE/UFC – e-mail: sods@ufc.br