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Campus de Itapajé – Jardins de Anita

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Com 21 concludentes, Campus de Itapajé realiza sua primeira colação de grau

Data da publicação: 2 de dezembro de 2024 Categoria: Conheça o Campus, Discentes, Eventos

Foi igual, mas foi diferente. Estavam lá a mesa com a ata que reúne as assinaturas dos formandos; as becas e capelos de cor preta; o cortejo com o reitor, com outros gestores e com professores; enfim, todos os ritos e elementos de uma colação de grau. Mas, ao mesmo tempo, havia algo de diferente, uma sensação de ineditismo, o entendimento de que ali se concretizava um marco importante para todos os envolvidos: concludentes, universidade, servidores e a própria cidade.

Três anos após ser instalado, o Campus da Universidade Federal do Ceará em Itapajé, batizado Jardins de Anita, formou suas primeiras turmas nesta quinta-feira (28). No total, receberam o grau 21 concludentes dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Segurança da Informação e Ciência de Dados.

Imagem: três estudantes vestindo beca levantam capelos de cor preta e comemoram a formatura
Vinte e um concludentes compõem a primeira turma de profissionais formados pelo Campus da UFC em Itapajé (Foto: Viktor Braga/UFC)

Mais do que conquistas pessoais para os egressos, essa colação de grau representa um ponto de virada importante para o Campus de Itapajé, bem como para o processo de expansão da UFC no Interior e para as políticas de democratização de acesso ao ensino superior.

Frente a todo esse simbolismo, o auditório do campus ficou pequeno para tanta emoção. Acompanhados de seus familiares e amigos, muitos concludentes não seguraram as lágrimas durante a cerimônia – incluindo a própria oradora discente, escolhida para discursar em nome dos colegas.

Com a voz embargada, Laura de Lima Mendes agradeceu não apenas àqueles que se tornaram rede de apoio, mas à própria cidade de Itapajé, que, de maneira acolhedora, recebeu tantos alunos vindos de outros municípios. “Fomos abraçados por uma população que nos ofereceu um lar, mesmo quando a saudade de casa parecia grande demais”, reconheceu.

Imagem: moça de cabelos loiros e beca preta fala em púlpito
A oradora discente Laura de Lima Mendes agradeceu não apenas àqueles que se tornaram rede de apoio, mas à própria cidade de Itapajé (Foto: Viktor Braga/UFC)

“Como toda caminhada pioneira, a nossa foi marcada por desafios. Chegamos aqui em um campus em construção, em busca de sonhos e certezas. Cada conquista foi fruto de um esforço coletivo. Fomos além dos conteúdos das aulas, aprendemos sobre coragem e união. Nos fortalecemos como indivíduos e como grupo”, seguiu Laura, em sintonia com o que o próprio reitor da UFC, Custódio Almeida, costuma pontuar em seus discursos.

A concludente também lembrou os colegas que, ao longo da graduação, tornaram-se pais e mães. “Essas crianças, que chegaram durante nosso percurso, tornaram-se símbolo de força e propósito”, mencionou.

Ao fim, Laura recorreu às palavras do médico e escritor estadunidense Alfred Mercier: “‘o que se aprende com prazer nunca se esquece’. Que essa lembrança de tudo que construímos juntos, com esforço, paixão e determinação, nos acompanhe sempre e nos inspire a buscar mais, a sonhar mais, a realizar mais. Esse é o início de um futuro brilhante”, finalizou, sob aplausos efusivos.

Imagem: moça de óculos e cabelos castanhos vestindo beca preta e túnica azul discursa em púlpito
Em seu discurso como oradora docentre, a professora Elisângela da Silva Rodrigues destacou: “Vocês são os pioneiros do nosso legado.” (Foto: Viktor Braga/UFC)

FALAS – Na sequência, a professora Elisângela da Silva Rodrigues, escolhida como representante docente, destacou o papel fundamental do setor de tecnologia e os novos desafios que os concludentes irão encontrar. “São áreas que estão na vanguarda das transformações que movem o mundo. Transformações que vocês irão enfrentar, e suas contribuições terão impacto”, resumiu.

A docente frisou ainda a carga simbólica de fazer parte da primeira turma de formandos do campus. “Vocês são os pioneiros do nosso legado. Que levem o nome da nossa universidade com ética, sabedoria e responsabilidade”, finalizou.

Veja outras imagens da solenidade no Flickr da UFC

Da mesma forma, o reitor Custódio Almeida observou que o grupo está “instalando um começo auspicioso e fazendo história. Com vocês o mundo será melhor, e a UFC irá com cada um, dando suporte e respaldo a tudo que fizerem no caminho”, declarou.

Para o gestor, não é por acaso que a universidade elege a colação de grau dos cursos de graduação como o momento para celebrar não apenas a conquista dos formandos, mas sua própria história e seu papel enquanto instituição. “Universidade significa conquista de autonomia, da maioridade intelectual e de uma visão de mundo ampliada”.

Imagem: a vice-reitora, uma senhora de cabelos grisalhos cacheados, e o reitor, jovem senhor com microfone na mão ao lado dela
Ao lado da vice-reitora, Diana Azevedo, o reitor Custódio Almeida saudou professores do Campus de Itapajé, concludentes e seus familiares (Foto: Viktor Braga/UFC)

Sobre a primeira colação de grau realizada no Campus de Itapajé, João Henrique Medeiros Corrêa, diretor da unidade acadêmica, diz tratar-se de um momento histórico. “É uma alegria muito grande a gente estar finalizando esse primeiro ciclo. Foi a primeira turma que chegou, que iniciou o campus, com toda a dificuldade de início, de construção. Estamos muito felizes com esses formandos”, comentou.

HISTÓRIAS – Embora tenha culminado na cerimônia, a emoção dos concludentes já era visível horas antes, quando se concentravam perto do auditório para assinar a ata e fazer fotos com os colegas e professores. Um deles era Pedro Jonnathan Matos de Sousa, de 22 anos, formando de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Após concluir o curso de Informática no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Umirim, viu na graduação em Itapajé uma chance de ir além nos estudos e vida profissional.

Imagem: um homem negro em um ambiente externo celebra sua formatura. Ele veste uma beca preta com detalhes em branco no peito e uma faixa azul na cintura, além de um capelo preto. Ele sorri, com os braços erguidos em sinal de vitória. Ao fundo, há um prédio com colunas brancas, uma vegetação árida e montanhas ao longe, sob um céu claro.
Concludente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Pedro Jonnathan de Sousa comemora o fato de poder ter cursado a graduação na própria cidade (Foto: Viktor Braga/UFC)

“Como eu já moro aqui, me interessei quando soube que ia abrir uma graduação. Sempre gostei da área de tecnologia e consegui entrar no curso. Foi uma caminhada interessante. É uma oportunidade grande estudar na UFC. Por vir de uma família que não tem uma condição financeira tão alta, ter a chance de fazer isso na sua cidade é extraordinário”, comemorou.

Larisse Cruz Lucas, de 31 anos, também entende o que é investir horas de deslocamento para concluir os estudos. Antes de ingressar na UFC, ela se formou em Serviço Social por uma instituição localizada em Sobral. Ao saber da chegada da graduação em Segurança da Informação em Itapajé, resolveu voltar para as salas de aula.

Imagem: uma mulher em ambiente externo veste trajes de formatura. Ela usa uma beca preta com detalhes brancos no peito e uma faixa azul na cintura, além de um capelo preto com uma franja pendente ao lado. Ela sorri levemente, com os cabelos soltos, e está em frente a uma paisagem composta por um terreno seco, uma árvore verde e, ao fundo, um prédio branco com telhado vermelho e montanhas sob um céu azul claro.
Aos 31 anos, Larisse Cruz Lucas finaliza sua segunda graduação cheia de agradecimento ao apoio dos colegas e professores (Foto: Viktor Braga/UFC)

“É uma área em crescimento e com a qual me identifico, então não perdi a chance. A diferença é muito grande quando você não tem que se deslocar todo dia. Estudando na minha cidade eu consigo estar mais próxima de casa, da família”, pontuou. Sobre a predominância de homens nos cursos, Larisse relata ter estranhado apenas no início. “No decorrer do curso a gente vai conseguindo apoio dos professores, dos colegas mesmo, e vai trilhando o caminho. Se tem uma palavra que resume o dia de hoje é gratidão”, completou.

Já Vitoria Nascimento de Paula, de 23 anos, mudou-se sozinha para Itapajé em busca do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Moradora de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, cursava Matemática na Universidade Estadual do Ceará (UECE), na capital, quando soube das novas graduações em tecnologia da UFC. “Era uma área que me interessava, então vim só com Deus e minha gata”, recorda, rindo.

Imagem: uma mulher em trajes de formatura posa ao lado de sua família. Ela veste uma beca preta com detalhes brancos no peito, uma faixa azul na cintura e um capelo preto. Sorri enquanto segura uma criança de colo, que usa um vestido branco e sapatinhos também brancos. Ao lado delas, um homem com barba e cabelo curto veste uma camisa verde-oliva e também sorri. O fundo da imagem mostra um terreno seco, uma árvore verde, um prédio branco com telhado vermelho e montanhas sob um céu claro.
Além do diploma em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Vitoria Nascimento sai da graduação com uma família inteira: do relacionamento com o colega Orácio Cruz nasceu a pequena Agnes (Foto: Viktor Braga/UFC)

A solidão, porém, durou pouco. Durante o curso Vitoria conheceu Orácio Cruz Melo, do curso de Segurança da Informação. Juntos, eles se tiveram a pequena Agnes, hoje com dois anos. Junto com o diploma, veio uma família. Acompanhando Vitoria, Orácio explica que só não estava de beca porque atrasou um pouco a finalização do curso. Mas prometeu: semestre que vem estará na colação.

Fonte: Cerimonial da UFC – e-mail: cerimonial@ufc.br

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